50 anos do descobrimento do Brasil

07/11/2011 17:40

Brasil 500 anos

             Será impossível contar toda história do Brasil, mas queremos fazer um resumo dos principais fatos que marcaram a nossa história e foram preponderantes nestes últimos 500 anos. Em 22 de abril de 1500, Pedro Álvares Cabral, um conceituado marinheiro português, teve o privilégio de ver realizado o seu sonho de descobrir terras para a coroa portuguesa que financiara sua viagem. Esta nova terra foi chamado por ele de Ilha de Vera Cruz, depois de Terra de Santa Cruz, e finalmente a chamaram de Brasil por causa da abundância da madeira Pau-brasil que encontraram em toda costa marítima. Os portugueses perceberam a riqueza que podiam adquirir com a extração desta madeira de cerne avermelhado. Por isso derrubaram milhões de árvores levando-as a Portugal para transformá-las em pó, e em seguida em tinta. Mais tarde, por volta de 1550, o rei decidiu dividir a faixa de terra costeira além da linha do Tratado de Tordesilha, em Capitanias Hereditárias para poder colonizá-las, mas foi uma tentativa praticamente frustada, quando apenas as capitanias de São Vicente, (SP), e de Pernambuco conseguiram sobreviver com a plantação da cana-de-açúcar. Neste momento, a solução para a mão de obra parecia ter como única alternativa, a vinda de escravos da África. Assim, milhões de africanos foram vendidos como animais para os senhores de engenhos do nosso País, que vergonhosamente os maltrataram e cometendo atrocidades sem limites contra os mesmos que também eram imagem e semelhança de Deus.

                Por volta de 1555, o Almirante Francês Villagnon, simpático ao Protestantismo nascente na Europa, solicita a vinda de imigrantes Protestantes para ocupar a Ilha de Guanabara no RJ. O líder religioso huguenote Coligny, apoiados pelo reformador João Calvino enviou alguns dos seus obreiros para o novo continente. Para tristeza destes fiéis calvinistas, Villagnon mudou de idéia é retirou o seu apoio e proteção a estes estrangeiros. Os quais foram perseguidos e mortos pelos líderes da religião oficial do Brasil naquele momento. O último deles, João Boles, depois de fugir durante 10 anos no interior do País foi achado, sentenciado e morto por enforcamento pelo Pe. José de Anchieta.

                O segundo contato do Brasil com protestantismo foi em 1624, quando os holandeses que professavam esta fé tentaram tomar a cidade de Salvador, capital do Brasil, mas não conseguiram o domínio total e no ano seguinte foram expulsos do País.

                O terceira contato foi de 1630 a 1654, quando os mesmos holandeses, liderados pelo Conde Maurício de Nassau tomaram o nordeste brasileiro e deram liberdade religiosa. Ali implantaram uma Igreja Reformada, que pela graça de Deus frutificou, a ponto de num curto espaço de tempo formar o primeiro Presbitério em Pernambuco. Mas, infelizmente foram expulsos em 1654, e o Estado, comandado novamente por Portugal, os matou, os expulsou ou fez voltar a religião do Estado todos aqueles que professavam a nova fé. Assim a Igreja Protestante foi exterminado do Brasil.

                A segunda atividade econômica do nosso País foi o ouro. A partir do Século XVII, começou-se este novo ciclo, e todo metal extraído nas minas era levando para Portugal. Toneladas de ouro foram transportadas para Potugal.

                Em 1808, Dom João VI e a família real portuguesa, vieram para o Brasil, fugindo da ameaça do imperador francês Napoleão Bonaparte. Com a vinda da família real para o Brasil algumas coisas começaram a mudar. Por ex.: O Brasil abriu os seus portos às nações amigas, e entre elas estava a Inglaterra que era protestante. Com a necessidade de instalar uma base no Brasil com marinheiros ingleses, houve um acordo com Dom João em 1811 para que eles pudessem praticar a sua religião. Desde que, fosse em Inglês, e não houvessem adeptos brasileiros e que os locais de reuniões não tivessem a aparência de Igreja. E em 1819, foi construído o primeiro templo evangélico do País, embora não podendo ter a aparência de Igreja.

                Com a vinda destes e de outros imigrantes, como por exemplo os alemães, os brasileiros começaram a ter alguns contatos com o evangelho, embora fosse proibido a qualquer brasileiro tornar-se Protestante.

                Com a volta de Dom João para Portugal foi deixado como o imperador do Brasil, Dom Pedro I, que pressionado pelo pensamento de independência que se acentuava em toda América Latina, bradou às margens do riacho do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822, dizendo: "Independência ou Morte". Não mais éramos colônia de Portugal, um País monárquico independente. Com as pressões políticas, Dom Pedro I abdicou do trono em favor de seu filho Dom Pedro II, que ainda era apenas uma criança. Entre vários anseios da nova nação, um deles era a abolição da escravatura. Depois de algumas medidas como a lei do sexagenário, e do ventre livre, finalmente este sonho foi concretizado em 13 de maio de 1888.

                Outro anseio do nosso povo era o fim da monarquia, e depois de muita pressão e reivindicação, Dom Pedro II cedeu, e proclamou a República em 15 de novembro de 1891. Tendo Floriano Peixoto como o primeiro Presidente.

                No período Monárquico o Brasil teve o privilégio de ver florescer as missões Protestantes nestes 8 Milhões de Km2.

                Em 1855, o médico e missionário escocês Robert Kally e sua esposa Sara, vieram da Ilha da Madeira para o Brasil e fundam pela graça de Deus a Igreja Evangélica Congregacional no RJ.

                Em 1859, Asbhel Green Simonton, chega em nossa terra, e aqui funda a Igreja Presbiteriana do Brasil. Esta, em 1903,  se divide e forma a IPI na Liderança do Rev. e escritor Eduardo Carlos Pereira.

                Em 1881, temos o privilégio de receber outro desbravador, o missionário Bagby, para dar início a Igreja batista no Brasil.

                Em 1909, os suecos batistas, Daniel Berg e Gunner Vingre, que foram batizados com os Espírito Santo nos Estados Unidos chegam em Belém e começam a Igreja Assembléia de Deus, a primeira Igreja pentecostal do País.

                A República velha ou a primeira República proclamada em 1891, termina em 1930 com a criação do estado novo pelo Sr. Presidente Dr. Getúlio Vargas que ficou no poder 19 anos em duas gestões.

                No período de 30 a 45, na primeira gestão de Vargas, vários acontecimentos mundiais influenciaram o Brasil de forma significativa. Como por exemplo, a segunda Guerra Mundial, a quebra da bolsa de valores de New York, as leis trabalhistas, etc.

                Com o término da segunda Guerra Mundial, tivemos um extraordinário avanço tecnológico no País. Com a eleição de Juscelino Kubstcheck em 1955, tivemos o projeto, construção e inauguração da nova e atual capital Brasileira. E consequentemente grandes empréstimos que geraram a atual dívida externa do País. Recebemos a Volkswagen, a primeira fábrica de automóveis do País.

                Em 1964, no Governo de João Goulart, tivemos o golpe militar que durante 20 anos dirigiu com vara de ferro a nossa nação. Os senhores Presidentes, generais do nosso exército, promulgaram leis como o AI5 em 68, por exemplo, que levaram milhares de civis ao desaparecimento ou morte.

                Este período é marcado pela ditadura desmedida, pela repressão política, pela filtro da censura e pela falta de liberdade de expressão.

                Em 1985, tivemos o fim da ditadura com a eleição de Tancredo de Almeida Neves, o qual não assumiu o cargo devido seu falecimento.

                Durante estes últimos 15 anos, o Brasil tem vivido seus altos e baixos, políticos e econômicos, vivemos a recessão, o desemprego, o exploração, o roubo, o consumismo, o desvio do dinheiro público, processos de cassações de governantes, empechemant, etc.

                Na Igreja do Século XX também aconteceram fatos importantes. Até 1950 a Igreja Evangélica brasileira estava estagnada, mas a partir desta data começa haver um despertamento e crescimento significativo.

                Alguns líderes nacionais se despertam, surgem as Igrejas Nacionais. Nas décadas de 60 e 70, há um grande avivamento nas Igrejas tradicionais, como resultado do derramamento do Espírito Santo. Há um grande mover de Deus e as Igrejas começam a crescer e ter uma visão missionária.

                Na década de 80 surgiram muitas Igrejas novas e comunidades que vieram somar na disseminação da Palavra de Deus neste vasto País.

                A década de 90 foi a década do despertamento missionário, e hoje somos um celeiro de missões para o mundo. E Deus conta com o Brasil, com a Igreja brasileira para levar o mundo aos seus pés no novo milênio.

                Unamo-nos irmãos, façamos parcerias para levar o Evangelho a todos os brasileiros para que tenhamos uma história mais bonita do que esta que acabamos de contar. Deus conta com você para melhorar a história do Brasil no Século XXI. Obrigado!

 

Pr. Florencio de Ataídes